terça-feira, 10 de maio de 2011

Sustentabilidade - Explorações mais competitivas

Deparei-me hoje com esta noticia acerca do projecto da Quinta do Monte d'Oiro, no Agronoticias. Realmente, as explorações que estão a apostar em formas inovadores de integrar multifunções e melhorar a sua sustentabilidade estão a criar um capital de reconhecimento e respeito pelo meio ambiente que se vai tornar muito valioso no futuro.

No norte da Europa é já frequente os consumidores preferirem produtos com um selo de "Fair Trade", que garante que durante todo o processo de produção as populações locais que foram empregadas receberam uma compensação justa e têm um bom sistema de apoio social. Este género de comportamentos aumenta largamente os resultados da empresa bem como o seu capital social.
Isto sem referir o mercado da agricultura biológica que nestes países funciona como verdadeiros SUPER-MERCADOS, com todo o tipo de produtos.

Segue-se então o artigo, espero que seja um bom exemplo e que todos estejamos à altura deste novo desafio: o de sermos agricultores mais sustentáveis.


Quinta do Monte d'Oiro além de vinho produz… energia renovável

Viticultura biológica e microgeração contribuem para o desenvolvimento sustentável da empresa
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Após o 1º ano de funcionamento da sua unidade de microprodução energética, a Quinta do Monte d'Oiro já injectou na rede eléctrica mais de 6.000 kW×h, gerados nos 18 módulos fotovoltaicos (mais um colector solar térmico) instalados na cobertura do Salão de Festas e da Cozinha "Maestro" da propriedade (orientação sudeste). Esta produção corresponde a 13% do consumo eléctrico anual da Quinta (ou seja, equivale a quase 2 meses de auto-suficiência) e permitiria abastecer a electricidade consumida por duas famílias durante um ano inteiro*.
Este investimento de cerca de 20.000 € (financiado pela Banca a 88%) representa mais um passo na estratégia de desenvolvimento empresarial sustentável e ambientalmente responsável que a Quinta do Monte d'Oiro definiu e implementa, reduzindo a "pegada ecológica" (incluindo a diminuição das emissões de Gases com Efeito de Estufa) resultante da sua actividade produtiva.
Contudo, bem antes de se iniciar na produção de energia solar fotovoltaica, já a empresa de José Bento dos Santos começou a encaminhar os processos vitícolas para um modo biológico. Com efeito, desde 2006 que têm vindo a ser trabalhados protocolos de viticultura biológica com vista à expressão máxima do terroir original - único e irrepetível - da proprie-dade, nomeadamente:
os meios mecânicos (intercepas) substituíram o uso de herbicidas;
diminuiu-se drasticamente o uso de pesticidas, tentando controlar-se, de forma muito apertada, o aparecimento de pragas e utilizando substâncias autorizadas pelos cânones da agricultura biológica;
a plantação de cereais (centeio e cevada) na entrelinha, que permite:
melhorar a estrutura do solo (pelo facto do seu sistema radicular o fendilhar e permitir o transporte de oxigénio no seu interior - aumentando a actividade microbiana e a disponibilização de nutrientes para as videiras);
controlar o excesso de humidade no solo (enquanto crescem, durante a época de chuvas);
a criação de uma camada de mulch que evita a evaporação de água durante a época quente (ao serem cortados antes de espigarem, para não retirarem nutrientes disponíveis para a vinha).


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