terça-feira, 22 de março de 2011

Organismos Geneticamente Modificados

Na passada segunda feira dia 17 de Março os Estados Membros rejeitaram uma proposta da Comissão Europeia para a passar a ser cada estado membro a decidir se permite ou não a produção de duas variedades de milho geneticamente modificado e uma de algodão, também OGM.

No entanto é hoje noticiado um Mega-estudo que avaliou 155 estudos acerca dos OGM que diz que os efeitos destes organismos na biodiversidades são menos prejudiciais que o uso das variedades convencionais.
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/03/21a.htm

Gostava que este post se tornasse um pequeno debate e de saber qual a opinião de que nos lê: Maior produção ou eliminação do risco dos OGMs?

Sff comente!

2 comentários:

  1. O Agroportal noticia hoje que a Eurodeputada Ilda Figueiredo questionou a Comissão acerca dos problemas com milho trangénico na Africa do Sul. Pode ver esta notícia em: http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/03/24.htm

    Entretanto damos-lhe a conhecer o problema no seguinte artigo do Digital Journal
    South African farmers suffered millions of dollars in lost income when 82,000 hectares of genetically-manipulated corn (maize) failed to produce hardly any seeds.The plants look lush and healthy from the outside. Monsanto has offered compensation.
    Monsanto blames the failure of the three varieties of corn planted on these farms, in three South African provinces,on alleged 'underfertilisation processes in the laboratory". Some 280 of the 1,000 farmers who planted the three varieties of Monsanto corn this year, have reported extensive seedless corn problems.
    Urgent investigation demanded
    However environmental activitist Marian Mayet, director of the Africa-centre for biosecurity in Johannesburg, demands an urgent government investigation and an immediate ban on all GM-foods, blaming the crop failure on Monsanto's genetically-manipulated technology.
    Willem Pelser, journalist of the Afrikaans Sunday paper Rapport, writes from Nelspruit that Monsanto has immediately offered the farmers compensation in three provinces - North West, Free State and Mpumalanga. The damage-estimates are being undertaken right now by the local farmers' cooperative, Grain-SA. Monsanto claims that 'less than 25%' of three different corn varieties were 'insufficiently fertilised in the laboratory'.
    80% crop failure
    However Mayet says Monsanto was grossly understating the problem.According to her own information, some farms have suffered up to 80% crop failures. The centre is strongly opposed to GM-food and biologically-manipulated technology in general.
    "Monsanto says they just made a mistake in the laboratory, however we say that biotechnology is a failure.You cannot make a 'mistake' with three different varieties of corn.'


    Read more: http://www.digitaljournal.com/article/270101

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  2. OGM: Comissão publica relatório sobre aspectos socio-económicos do cultivo de OGM na Europa

    Fonte: Agronoticias



    Um relatório da Comissão Europeia apresentado a 15/4 põe em evidência as limitações actuais na avaliação das repercussões sócio-económicas da cultura de organismos geneticamente modificados (OGM) na União Europeia. Em especial, o relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho, baseado principalmente em informações fornecidas pelos Estados-Membros, revela que, amiúde, os dados estatísticos existentes são escassos, assentando muitas vezes em preconceitos sobre a cultura de OGM. No relatório, a Comissão apresenta também uma análise dos aspectos sócio-económicos da cultura de OGM, com base na literatura científica internacional e nas conclusões de projectos de investigação financiados no âmbito do Programa-Quadro de Investigação europeu.

    O Comissário responsável pela Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli, declarou: «Com a publicação deste relatório, a Comissão está a satisfazer um dos últimos pedidos ainda pendentes do Conselho do Ambiente, em Dezembro de 2008. O documento foi elaborado com base em dados e informações fornecidos pelos Estados-Membros. Acredito firmemente que este relatório cria uma oportunidade a não perder. Cabe agora aos Estados-Membros, à Comissão, ao Parlamento Europeu e a todos os interessados ponderar maduramente as conclusões do relatório e lançar um debate objectivo sobre o possível papel dos factores sócio-económicos na gestão da cultura de OGM na União Europeia.»

    Principais conclusões

    Uma vez que a UE representa apenas uma pequena parte da superfície dedicada ao cultivo de OGM, a experiência da Europa nesta matéria é obviamente limitada. Não é, portanto, surpreendente que a massa de informação estatística relevante sobre as repercussões sócio-económicas ex-post do cultivo de OGM seja bastante limitada.

    Os dados económicos relativos ao modelo europeu referiam-se a estudos realizados nos Estados-Membros com experiência em matéria de culturas geneticamente modificadas tolerantes aos herbicidas (HT) ou resistentes aos insectos (Bt). Estes estudos revelaram que, quando os danos provocados por infestantes ou pragas são elevados, os agricultores que cultivam plantas HT e Bt podem obter rendimentos mais elevados.

    O relatório sublinha que as repercussões sociais e económicas da cultura de OGM sobre as outras partes da cadeia alimentar suscitaram inúmeras reacções. Para completar a contribuição dos Estados-Membros, o relatório analisa ainda a literatura científica internacional disponível sobre os aspectos sociais e económicos do cultivo de OGM.

    Segundo o relatório, as análises económicas oferecem uma boa panorâmica, a nível mundial, do impacto económico da cultura das OGM a nível das explorações, sobretudo no que diz respeito às plantas HT e BT. Mais uma vez, porém, as informações disponíveis sobre a incidência social e os efeitos ao longo da cadeia alimentar são raras, ou mesmo inexistentes.

    Finalmente, o relatório sintetiza as conclusões dos projectos de investigação financiados pela UE com vista ao estudo das perspectivas sócio-económicas da cultura de OGM (CO-EXTRA, SIGMEA e CONSUMERCHOICE).

    Próximas etapas

    O relatório da Comissão é o ponto de partida para os Estados-Membros, o Parlamento Europeu, a própria Comissão e todas as partes interessadas aprofundarem a sua reflexão sobre esta delicada questão. No entanto, para se avançar de forma construtiva, a Comissão considera que os debates terão de afastar-se das posições polarizadas documentadas no relatório para assentar numa base mais concreta e objectiva.

    Assim, a Comissão recomenda a definição de um sólido conjunto de factores e indicadores para apreender de forma homogénea as repercussões sócio-económicas da cultura de OGM na UE e ao longo da cadeia alimentar.

    A Comissão sugere também que se ponderem as eventuais vantagens de um melhor conhecimento dos aspectos sócio-económicos na gestão da cultura de OGM.

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