quarta-feira, 2 de março de 2011

Evolução dos mercados mundiais e a crise dos preços dos alimentos

Li hoje este artigo da The Economist:
http://www.economist.com/node/18229412?story_id=18229412

Realmente este tema é muito interessante.
Se realmente a teoria diz há já vários anos que a procura mundial de alimentos vai crescer de forma a que os preços se tornem mais atractivos para nós agricultores, a verdade é que verificamos que isto se passa hoje devido a catástrofes climatéricas e não a alterações sustentadas do mercado. Os produtos agrícolas mais importantes têm preços que são muito voláteis e não se verifica uma subida sustentada mas sim um "sobe e desce".
No entanto tudo aponta para que isto vá mudar quando os chineses e os indianos aprenderem a beber um bom vinho ou a cozinhar com azeite! esperemos que rapidamente!

Resta-nos esperar que as subidas constantes dos preços dos factores de produção nos deixem lá chegar... Vamos conseguir!!

26 comentários:

  1. Hoje no Media Center da página da FAO:

    Tight cereal markets as food prices increase again
    Recent oil price surge adds to concerns over high food prices


    Global food prices keep rising.
    3 March 2011, Rome - Global food prices increased for the eighth consecutive month in February, with prices of all commodity groups monitored rising again, except for sugar, FAO said today.

    FAO expects a tightening of the global cereal supply and demand balance in 2010/11. In the face of a growing demand and a decline in world cereal production in 2010, global cereal stocks this year are expected to fall sharply because of a decline in inventories of wheat and coarse grains. International cereal prices have increased sharply with export prices of major grains up at least 70 percent from February last year.

    "Unexpected oil price spikes could further exacerbate an already precarious situation in food markets," said David Hallam, Director of FAO's Trade and Market Division.

    "This adds even more uncertainty concerning the price outlook just as plantings for crops in some of the major growing regions are about to start," he added.

    Food Price Index

    The FAO Food Price Index averaged 236 points in February, up 2.2 percent from January, the highest record in real and nominal terms, since FAO started monitoring prices in 1990.

    The Cereal Price Index, which includes prices of main food staples such as wheat, rice and maize, rose by 3.7 percent in February (254 points), the highest level since July 2008.

    The FAO Dairy Price Index averaged 230 points in February, up 4 percent from January, but well below its peak in November 2007.

    The FAO Oils/Fats Price Index rose marginally to 279 points in February, a level just below the peak recorded in June 2008.

    The FAO Meat Price Index averaged 169 points in February, up 2 percent from January. By contrast, the FAO Sugar Price Index averaged 418 points in February, slightly below the previous month but still 16 percent higher than February 2010.

    Cereal supply and demand

    FAO expects winter crops in the northern hemisphere to be generally favourable and forecasts global wheat production to increase by around 3 percent in 2011.This assumes a recovery in wheat production in major producing countries of the Commonwealth of Independent States. So far, conditions of winter crops in those countries are generally favourable.

    The latest estimate for the world cereal production in 2010 is 8 million tonnes more than was anticipated in December but still slightly below 2009. This month's upward revision reflects mostly higher estimates for production in Argentina, China and Ethiopia.

    The forecast for world cereal utilization in 2010/11 has been revised up by 18 million tonnes since December. The bulk of the revision reflects adjustments to the feed and industrial utilization of coarse grains. Larger use of maize for ethanol production in the United States and statistical adjustments to China's historical (since 2006/07) supply and demand balance for maize are the main reasons for the revision.

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  2. Custo dos alimentos no Mundo sobe 2,2% - Noticia de Expresso online:
    Os alimentos estão cada vez menos acessíveis aos consumidores. De acordo com dados revelados, esta semana, pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o índice mensal de preços dos alimentos subiu 2,2% em Fevereiro, face ao mês anterior. É o oitavo mês consecutivo de aumento e o maior, em termos nominais, de toda a série histórica registada por aquela organização, nos últimos 21 anos.

    O índice de preços dos cereais - incluindo trigo, arroz e milho - disparou em 3,7% no mês passado, o maior nível desde Julho de 2008; o índice de preços dos lacticínios aumentou 4%, mas situa-se ainda abaixo do 'pico' registado em Novembro de 2007; o índice de preços da carne também subiu 2%; e, apenas, o índice de preços do açúcar desceu ligeiramente, embora esteja 16% acima do valor registado em Fevereiro de 2010.

    As previsões da FAO apontam para uma escassez global de cereais, face à procura crescente e ao declínio da produção em 2010. A última estimativa para a produção mundial de cereais aponta para um aumento de oito milhões de toneladas, face aos números de Dezembro, mas ainda abaixo dos volumes de 2009. Em consequência, os preços terão tendência a aumentar, à medida que diminuem as reservas de farinha e cresce a exportação. A FAO recorda que os preços dos principais cereais subiram 70% desde Fevereiro de 2010.

    A agravar este cenário, David Hallam, director da divisão de mercado e comércio da FAO, alerta para "a inesperada subida do preço do petróleo, que pode agravar a situação já por si precária dos mercados de alimentos".

    Mas, nem todas são más notícias. A FAO espera que as colheitas de Inverno no Hemisfério Norte sejam globalmente favoráveis e antecipa um acréscimo na produção de cereais em cerca de 3% em 2011. A última revisão de produção para 2010, também reflecte maiores volumes na Argentina, China e Etiópia.

    No Brasil, as projecções para o mercado de cereais da Bolsa de São Paulo são optimistas. O Governo brasileiro tem promovido leilões semanais de milho e os stocks deste grão já contribuem para fazer baixar os preços. O preço do feijão, responsável pela subida no sector registada em 2010, está em queda; e o mercado arroz está equilibrado, prevendo-se um superavit de dois milhões de toneladas na sua produção. No entanto, os preços não deverão descer para o consumidor e o Governo deverá fixar um valor mínimo, como forma de não prejudicar os produtores.

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  3. Fonte: diario digital

    FAO: produção alimentar abrandou em 2010

    A produção de alimentos continuou a abrandar em 2010, prevendo-se um crescimento de apenas 0,8 por cento, revela um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
    A FAO lembra que, já em 2009, a produção de alimentos tinha desacelerado para 0,6 por cento, depois dos aumentos significativos de 2007 e 2008 (2,6 e 3,8 por cento, respetivamente), durante a crise de preços dos bens alimentares.

    No ano passado, a agricultura mundial foi afetada pela seca na Rússia, no Verão de 2010, que levou a uma descida drástica da produção e exportação de trigo daquele país.

    Diário Digital /Lusa

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  4. Artigo do Público online:ONU diz que “ecoagricultura” poderá duplicar produção alimentar nos países pobres

    Veja o artigo em http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1484012

    Achei muito interessante! Uma perspectiva diferente e que pode ser interessante para um paradigma diferente do nosso em países mais pobres e que portanto não podem ter um sistema tão dependente de petróleo nem de outros factores externos.
    Agora isto poderia ser implementado cá? Com que resultados?...

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  5. Noticiado hoje pela CAP:
    Matérias-primas agrícolas descem após sismo no Japão
    QUARTA, 16 MARÇO 2011 11:43
    As cotações das matérias-primas agrícolas desceram na Bolsa de Chicago, após a ocorrência recente do sismo e do tsunami no Japão, invertendo a tendência dos últimos meses.

    O trigo e o milho atingiram cotações máximas em 9 de Fevereiro e 3 de Março, respectivamente, e desde o sismo no Japão estão em queda, acompanhando a tendência geral das matérias-primas. O mercado nipónico é um dos principais importadores mundiais de milho

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  6. Penso que esta opinião do Engº Sevinate Pinto é lúcida e bem conhecedora da nossa realidade, convido-vos a ler:


    Se o assunto não fosse dramático, acabaria por ser engraçado ouvir tantos portugueses importantes dizer que é preciso dar atenção à agricultura, que é preciso investir na agricultura.

    Além da situação alimentar mundial, acredito que para isso também conte a nossa própria crise e sobretudo as importações de produtos alimentares, que, apesar de não atingirem a dimensão que muitos lhe atribuem, não deixa de ser excessivamente elevada e até injustificada (em 2010 importámos 6282 milhões de € de produtos alimentares de origem agrícola e exportámos 3284 milhões de €, o que, tendo em conta a nossa produção, nos dá uma dependência externa de cerca de 30% e não de 70% como tanta gente diz).

    Passe o desejo de me dirigir a todos aqueles que desconsideram este sector (agricultura, florestas e agro-indústria), ao qual atribuem privilégios injustificados, que consideram retrógrados os seus defensores e que pensam que não vale a pena gastar-se com ele nem tempo nem dinheiro público, venho apenas juntar-me a todos os que desejam uma séria reflexão sobre a nossa agricultura, sobre os seus males e respectivas soluções.

    O contexto não poderia ser mais apropriado.

    Mesmo antes da actual crise alimentar, já havia em todo o mundo cerca de 1000 milhões de seres humanos com fome e mal alimentados e nos países mais atingidos morre uma criança em cada seis segundos, com fome, malnutrição ou doença relacionada;

    Os 7000 milhões de seres humanos que hoje já somos aumentarão para 9000 milhões em 2050. Para os alimentar, precisaremos de produzir mais 70% do que actualmente?

    Os preços dos produtos alimentares de base evoluem de forma completamente desordenada (a que agora se chama volatilidade). Num ano disparam, no outro quedam-se abaixo dos custos de produção dos agricultores mais eficientes, para no ano seguinte dispararem outra vez. Tudo isto sem que os agricultores tirem disso grande proveito, até porque os custos também disparam em alguns casos a um ritmo mais do que proporcional à evolução dos preços. Ale disso, para muitas fileiras importantes, os produtos de base (sobretudo cereais e oleaginosas) constituem os seus consumos intermédios, como é o caso de todos os sectores ligados à pecuária.

    A FAO inquieta-se, o G 20 discute, a Comissão Europeia reflecte, a comunicação social agita-se, os especialistas divergem e toda a gente procura saber a hierarquia das razões para o que está a acontecer

    Dizem os mais entendidos que acabou a era da comida barata e concluem que a fome nos vai continuar a entrar em casa, em alguns casos pelos ecrãs da televisão, noutros pela porta dos mais desafortunados, quer dos países pobres, quer dos países ricos de gente pobre.

    A boa noticia é que tudo isto permite chamar à razão os descuidados, aqueles que consideravam a alimentação assegurada, que o mercado e os seus automatismos disso se encarregariam e que nunca pensaram que no século XXI, poderia haver revoltas, e até guerras com impacto mundial, por causa da alimentação.

    A situação interpela-nos a todos e começa por nos fazer pensar sobre a razão de ser dos rendimentos médios dos agricultores, exactamente aqueles que produzem os produtos mais vitais para a sobrevivência humana, se situarem sempre abaixo de metade dos rendimentos médios dos profissionais de todas as outras actividades económicas. Será lógico que assim seja, ou será brincar com o fogo?

    Voltemos então à nossa agricultura. Qual é a lógica de agora lhe devermos atribuir a importância e a atenção que ela nunca deveria ter deixado de ter?

    As razões são múltiplas e simples, a começar por ser uma das actividades com resposta mais rápida e com um rácio custo/benefício público dificilmente igualável por qualquer outro.

    ... Contua no post seguinte, por excesso de caracteres...

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  7. Além disso:

    A segurança do abastecimento interno está-se a tornar um valor essencial;

    Todo o sector é o que mais contribui para a utilização dos nossos recursos e para a necessária coesão nacional;

    O seu valor acrescentado pode aumentar muito e muito rapidamente;

    O emprego agrícola, para além da sua importância objectiva sempre constituiu uma almofada social muito relevante;

    A importação de produtos agrícolas e florestais (6.282+1.775 M€ respectivamente) representa 14,2% do total das importações nacionais e pode ser bastante reduzida

    A exportação de produtos agrícolas e florestais (3.284+3.296 M€), já representa 18% do total das exportações nacionais e pode ser significativamente aumentada

    A agricultura, as florestas e a agro-indústria estão entre os sectores com maiores efeitos multiplicadores sobre a economia e com reflexos em todo o território.

    Sendo assim, perguntar-se-á: mas o que é que significa realmente investir e dar mais atenção à agricultura?

    Se calhar há entendimentos diferentes sobre o assunto. O meu, julgo que é simples. Os objectivos são, como sempre foram, consensuais (produzir mais e melhor, em todo o território, com explorações e formas de organização adaptadas à sua diversidade). Só se defende o ambiente com explorações viáveis e só há agricultores se eles puderem viver da sua actividade. A política agrícola, no nosso caso, deve essencialmente procurar viabilizar as actividades sem alternativa técnica economicamente competitiva. Tudo o resto é fantasia. Se quisermos apoiar só as muitíssimo minoritárias que já são economicamente competitivas, bem podemos continuar com o chapéu na mão.

    Quanto à estratégia, ela só pode assentar no conhecimento técnico-científico e na sua melhoria rápida, quer dos agricultores, quer dos técnicos, investigadores, e professores dos vários tipos e graus de ensino relacionados com o sector. Em conjunto com as nossas limitações naturais, é no conhecimento, ou na falta dele, que reside o factor decisivo do nosso atraso de décadas e mais significativa desvantagem competitiva dos agricultores portugueses. Conhecimento para os agricultores, para os técnicos e investigadores, para todos os que enquadram e participam nesta indispensável actividade humana, que sem ele se transforma numa roleta de resultados aleatórios, quase sempre penosos e cujo abandono acaba por ser a mais racional das respostas.

    É preciso termos colectivamente consciência que estamos cada vez mais afastados dos nossos concorrentes em termos de conhecimentos agrícolas técnico-científicos, que não têm entrado nas nossas prioridades.

    Quanto às medidas, não chegará aprovarmos os projectos de modernização dos agricultores e apoiá-los com dinheiros públicos, o que aliás se tem tornado cada vez mais difícil e aleatório, face à falta de dotações orçamentais com esse objectivo.

    .... Post segunite...

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  8. É também essencial:

    Acabar com as politicas erráticas que se alteram de dois e dois anos;

    Deixar de se reduzir de forma incompreensível o orçamento de investimento do Estado que alavanca, com um rácio de um para cinco, as centenas de milhões de euros europeus que temos à nossa disposição;

    Pensar a agricultura, não só com a PAC, mas também para além da PAC

    Reduzir as incertezas dos agricultores, não só com um sistema de seguros eficiente mas também com uma administração, activa, capaz e sensível à resolução dos seus problemas

    Racionalizar e modernizar e não desorganizar e desmotivar a administração do estado;

    Rejuvenescer o tecido produtivo, apoiar as organizações agrícolas e tornar a actividade mais amiga do ambiente e mais resistente às alterações climáticas

    É preciso termos colectivamente consciência de termos deixado degradar a qualidade do ensino, da investigação e da administração pública, nesta área, a que não atribuímos nenhuma importância, nem dignidade, suficientes para fazer parte do país moderno que queremos mostrar ser.

    Se as palavras que agora ouvimos, vindas dos mais diversos quadrantes, não são conscientes, é bom que o venham a ser, porque as crises como a que agora vivemos se irão repetir com muita frequência. Elas são o resultado de um descuido colectivo que nas últimas décadas orientou o mundo, para valores artificiais, para consumos desnorteados e viciantes, que esgotam os nossos recursos, e que, ou são radicalmente alterados, ou tornarão num inferno a vida dos nossos filhos e netos (e netas, como as minhas).

    Cascais, 09/03/2011

    Armando Sevinate Pinto
    Agrónomo

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  9. Um artigo interessantíssimo do The Economist, mais um!

    http://agronomia.blogs.sapo.pt/113860.html

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  10. Continuando a seguir a informação disponível, soube hoje que a Russia reduziu a sua área semeada de cereais de Inverno em 20% e que, como podem ver seguindo a morada a baixo, os EUA estão com grandes problemas com falta de água nos 3 estados que mais trigo produzem.

    http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=76888

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  11. Hoje soube-se que a FAO espera uma subida na produção mundial de trigo:

    http://www.cap.pt/noticias/alimentos/1406-fao-producao-mundial-de-trigo-sobe-em-2011.html

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  12. O COPA-COGECA, a federação das associações e cooperativas de agricultores europeia, lançou o seguinte comunicado:

    COPA-COGECA EMPHASISES NEED TO INCREASE CEREALS PRODUCTIVITY, IN WAKE OF TIGHT MARKET SITUATION, AND RELEASES NEW GRAIN HARVEST FORECASTS

    pode consultar em http://www.copa-cogeca.be/Main.aspx?page=HomePage

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  13. Rápida actualização do informações sobre este assunto:

    - Russia prolonga embargo da exportaçãod e cereais até Outubro: http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=77074

    - Conselho Internacional estima produção recorde de arroz: http://www.cap.pt/noticias/cereais/1413-conselho-internacional-estima-campanha-recorde-de-arroz.html

    - FAO: produção mundial de trigo sobe em 2011: http://www.cap.pt/noticias/alimentos/1406-fao-producao-mundial-de-trigo-sobe-em-2011.html

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  14. Fonte: Confagri


    11-04-2011

    FPAS: Grupo de trabalho em Bruxelas debate previsões de preços


    A reunião trimestral em Bruxelas, no passado dia 30 de Março concluiu que conclusão a produção na Europa e suínos está estável, com uma ligeira tendência de aumento.

    O grupo de trabalho adiantou também que as exportações para países terceiros seguem em muito bom ritmo, estimuladas por grandes volumes de compras da Coreia; os preços têm tendência a subir no próximo Verão, prevendo-se alguma descida no Outono, sendo a Espanha o único país que não acompanhou o resto do grupo, pois prevê uma descida de preços já a partir de Julho, e que os preços não estão mais altos devido ao bloqueio das grandes superfícies.

    Entretanto o Comité consultivo alargado a todos os Estados membros também determinou que em relação aos preços das matérias-primas para rações, os stocks mundiais de cereais diminuíram nos Estados Unidos e na União Europeia (UE), tendo aumentado na China.

    O grupo concluiu que o consumo está acima da produção; os fundos de investimento mantêm a sua pressão especulativa que iniciaram em Julho do ano passado e a Comissão não prevê nenhuma descida acentuada a curto prazo.

    Em relação aos biocombustíveis, actualmente três por cento dos cereais europeus são dirigidos para este fim, sendo defendida a urgência de reanálise desta situação pois em época de escassez de produto este deveria ser utilizado exclusivamente na alimentação.

    A cadeia alimentar foi um assunto bastante discutido, sobretudo a «"posição dominante» das grandes superfícies. Bruxelas mostra-se finalmente preocupada com a situação e já está a decorrer um Fórum de Alto Nível para análise deste problema.

    O COPA-COGECA já apresentou um documento síntese das práticas comerciais e contratuais abusivas e ilegais utilizadas pela grande distribuição e exige um regulamento comunitário que as proíba. Foi também proposta a criação de apoios às organizações de produtores para concentração da oferta.

    Por último, ficou estabelecida a promoção à exportação, através de mais apoios para a promoção da carne de porco da UE em países terceiros e vão permanecer os actuais mecanismos de gestão de mercado, tendo sido pedida a inclusão da carne de porco na lista dos artigos da política agrícola comum (PAC) que prevêem intervenções no mercado em situações muito difíceis.

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  15. Fonte: Vida Rural


    8 de Abril - 2011
    A preocupação com a inflação dos produtos agrícolas levou o governo brasileiro e inglês a reunir para discutir a regulação de preços.


    Neste encontro foi defendida uma maior eficiência e transparência do mercado global de commodities como estratégia para combater a volatilidade dos preços dos alimentos.

    Esta posição será levada à próxima reunião do G20, marcada para o próximo mês de Junho, na França.

    Ambos os países afirmaram ser contra as intervenções diretas no mercado para conter a alta dos alimentos (uma medida proposta pelo presidente francês Nicolas Sarkozy) e defendem, em oposição, o aumento da produção: “a regulação tende a penalizar os mais eficientes”, afirmou Wagner Rossi, ministra da agricultura brasileira, que adiantou ainda que “com uma posição comum clamando por liberdade dos mercados talvez possamos contribuir para a estabilização dos preços dos alimentos”.

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  16. Anuncia hoje o Agrodigital que o governo Russo aumenta as suas previsões para a produção de cereais.

    Veja aqui:http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=77428

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  17. Veja aqui o boletim mensal do INE acerca da Agricultura e Pescas - 30 de Março de 2011:

    http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/04/23d.htm

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  18. Noticia da Vida Rural:

    Austrália pode substituir países do Mar Negro como fornecedor global de trigo
    28 de Abril - 2011
    Os países do Mar Negro, que tradicionalmente têm sido dos principais fornecedores de cereais do mercado mundial, ainda vão levar tempo para recuperar a posição de exportação depois da seca do verão passado.


    As restrições à exportação, impostas pelos seus governos, precisam ainda de reconstruir as suas existências.

    Neste contexto, o Rabobank estima que os futuros do trigo na Bolsa de Chicago se situarão firmemente acima de 257 dólares/tonelada na campanha 2011/12. E, de acordo com um recente relatório, o banco prevê que a Austrália (quarto maior exportador de trigo) pode preencher o lugar de principal fornecedor de cereais deixado vago por estes países.

    Clientes asiáticos do trigo russo e ucraniano, como a Indonésia e o Bangladesh, já estão de olhos postos nas exportações da Austrália, apesar de da cotação do dólar australiano não jogar a favor.

    De acordo com dados do Rabobank, a produção de trigo na Austrália na atual campanha pode chegar a 25 milhões de toneladas, dos quais 17,4 milhões poderão ser exportadas, o valor mais alto desde 2004.

    Este aumento na produção de trigo na Austrália deve-se ao crescimento das áreas semeadas em virtude dos preços elevados deste cereal. Os produtores australianos semearam mais 3,5% de área, atingindo 14,1 milhões de hectares.

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  19. Espanha prevê que a colheita de cereais de Inverno seja menor em cerca de 1 Milhão de toneladas.

    Veja a descrição completa em: http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=77599

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  20. A Alemanha reduz as suas perspectivas de colheita para os cereais de Out/Inv devido à seca primaveril.

    Veja o artigo do Agrodigital aqui: http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=77701

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  21. Veja este interessante artigo do Agrodigital sobre a política e as motivações Russas na gestão do mercado dos cereais:
    http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=78024

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  22. Li hoje no Agroportal esta análise da situação actual:
    Situação do mercado mundial dos cereais

    O mercado dos cereais e oleaginosas foi influenciado pelas preocupações com as condições atmosféricas pouco favoráveis para algumas culturas, mas a evolução dos preços também foi afectada de forma considerável pelos mercados externos, em especial pela queda do preço do petróleo. Existe una crescente especulação sobre o papel da região do Mar Negro no mercado de exportação durante o próximo ano.

    A seca no norte da Europa e nos EUA está a afectar os rendimentos e atrasou as sementeiras de primavera. Existem dúvidas sobre as políticas comerciais que vão ser aplicadas pela Ucrânia e pela Rússia. O primeiro vai eliminar as quotas à exportação de cereais, mas vai substitui-las por uma taxa à exportação. Quanto à Rússia não se sabe se vai eliminar a proibição de exportar cereais, que está vigente até finais do ano.

    O mercado do trigo teve ao longo do mês de Maio uma pressão constante em baixa, mas finalmente persistiu o sentimento de subida, apoiado pelo deterioração das perspectivas para a produção em alguns países produtores do hemisfério norte devido à seca. O milho nos EUA teve poucas alterações, o atraso nas sementeiras foi compensado pela debilidade dos mercados externos de produtos básicos e por uma menor procura devido aos preços elevados, segundo o Conselho Internacional de Cereais (IGC na sigla inglesa).

    O preço da cevada dística na UE alcançou o seu valor mais elevado em três anos, mas a provável retoma dos embarques do Mar Negro serviu para abrandar o aumento dos preços mundiais da cevada forrageira. A soja, embora no início deste mês tenha descido, subiu no final impulsionada pelos preços de outros grãos.

    Os preços mundiais do arroz mostraram uma evolução díspar: os preços da Ásia foram pressionados pela ampla disponibilidade e fraca procura de exportação, enquanto a preocupação com a produção deu apoio aos futuros nos EUA.

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  23. soube hoje, pelo site d CAP que a Russia e Ucrania vão levantar as barreiras à exportação de cereais, no caso da Russia a partir de 1 de Julho. Estas medidas vão pressionar muito os preços da presente campanha (e talvez fazer baixar consideravelmente os valores altos a que temos assistido)

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  24. Noticiado pela CAP:

    FAO perspectiva manutenção dos preços agrícolas
    QUARTA, 08 JUNHO 2011 10:29
    Os preços dos produtos agrícolas deverão manter-se altos e voláteis durante o resto deste ano e também em 2012, a nível mundial, de acordo com uma análise recentemente publicada pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). O relatório assinala um decréscimo de reservas das matérias-primas agro-alimentares e um crescimento modesto da produção como motivos para a manutenção dos preços elevados.

    Para os peritos da FAO, os próximos meses serão cruciais para determinar a forma como se irão comportar este ano os principais sectores. Apesar das perspectivas mais optimistas em países como a Federação Russa e a Ucrânia, as condições meteorológicas, com chuvas demasiado escassas e demasiado abundantes, consoante os casos, poderão prejudicar as culturas de milho e de trigo tanto na Europa quanto na América do Norte.
    O decréscimo dos preços internacionais dos cereais e do açúcar foram responsáveis pela ligeira redução do índice geral de preços verificado em Maio, ainda que este índice tenha sido contrabalançado pelo aumento dos preços da carne e do leite. As perspectivas actuais quanto à colheita de cereais em 2011 apontam para o valor de 2315 milhões de toneladas, registando um crescimento de 3,5% em relação a 2010, ano que havia assinalado um decréscimo de 1% relativamente a 2009.

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  25. O Agrogigita noticia hoje que os preços dos alimentos a nível mundial estão hoje 40% mais altos que no ano passado por esta altura, e também que a produção de cereais em França sofreu quedas acentuadas devido à seca primaveril registada.

    Veja aqui os artigos:
    http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=79013

    http://www.agrodigital.com/PlArtStd.asp?CodArt=79011

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